Filipe Araujo/AE
A
Guarda Civil Metropolitana (GCM) vai apostar na tecnologia para
aumentar a fiscalização sobre o comércio de produtos piratas na capital.
Até o fim do ano, a Prefeitura pretende adquirir 40 câmeras móveis, que
serão instaladas em viaturas e motos. Os novos equipamentos podem ser
programados para procurar alvos específicos, como um caminhão que tenha o
símbolo de determinada empresa, por exemplo.
30 câmeras serão colocadas em viaturas

A
compra faz parte de um pacote de 500 câmeras que operam com um sistema
de monitoramento conhecido como reconhecimento ótico de caracteres (OCR,
na sigla em inglês). A minuta do edital está disponível para consulta
pública desde maio e a licitação deve ser publicada "nas próximas
semanas", segundo o secretário municipal de Segurança Urbana, Edsom
Ortega. "A câmera OCR registra os caracteres que você definir. Vamos
supor que você esteja procurando um caminhão vermelho com a inscrição
‘Mudanças Santa Terezinha’. Quando esse veículo passar pelo local onde a
câmera está filmando, ela vai emitir um alarme na central e, em um
minuto, a guarda pode montar um bloqueio", afirma o secretário.
O
termo de referência da licitação propõe que 30 câmeras sejam preparadas
para ser instaladas em viaturas da GCM ou em carros descaracterizados e
10 sejam colocadas em motos. As demais câmeras do edital serão
distribuídas em 166 pontos fixos, principalmente nos limites da cidade e
nas estradas que abastecem o Município.
Tributos.
O
uso da tecnologia no combate à pirataria é importante, mas não vai
sozinho resolver o problema, de acordo com o advogado Márcio Costa de
Menezes e Gonçalves, secretário executivo do Conselho Nacional de
Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual do
Ministério da Justiça entre 2005 e 2006. "É uma ferramenta importante,
mas é provável que os criminosos também possuam uma tecnologia
semelhante para ajudá-los."
Gonçalves
acredita que São Paulo acertou ao juntar órgãos estaduais e federais
nas ações antipirataria. "Às vezes, a GCM faz uma apreensão e encontra
um livro-caixa, que vai ajudar a polícia a chegar aos chefes da
quadrilha. É preciso ter união de esforços e persistência para perdermos
a sensação de que as apreensões são como enxugar gelo."
Ortega
também defende a eficácia das últimas medidas adotadas pela Prefeitura.
"São Paulo era considerada o Paraguai do Brasil, tamanha a quantidade
de mercadoria pirata que era encontrada aqui."
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