Guardas municipais realizaram protesto na
manhã desta quarta-feira (26) na sede da Secretaria de Administração de
Fortaleza, localizada na Avenida Desembargador Moreira, contestando
portaria publicada na última sexta-feira (21) no Diário Oficial do
Município que determina o Plano de Cargos e Carreiras (PCC) da categoria.
De acordo com os guardas municipais, a publicação da portaria beneficia
apenas guardas que realizaram cursos de capacitação, em detrimento aos profissionais com mais tempo de carreira.
Guardas contestam PCC publicado no Diário Oficial do Município na última sexta-feira (21). FOTO: Alex Costa.
O guarda
Tertuliano José Gomes Machado possui 10 anos de carreira e afirma que é
prejudicado pelo PCC publicado na última sexta-feira. Segundo ele, a
publicação da portaria beneficia apenas pessoas mais próximas à
administração da Guarda Municipal de Fortaleza. “Quando os cursos eram
divulgados para quem não trabalhava na administração, as vagas já tinham
sido encerradas”, afirma Tertuliano.
Para o guarda, há uma inversão de prioridades na promoção.
“Temos colegas com mais de 30 anos de carreira e que não serão
promovidos. No entanto, pessoas com menos de 9 anos mudarão de cargos”,
reclama.
Carlos Amaral, diretor do Sindicato dos Guardas Municipais da Região Metropolitana de Fortaleza (Sindiguardas) reforça que a quantidade de cursos ofertados pela Guarda não era o suficiente para atender todos os profissionais na
categoria e que pessoas ligadas à administração do órgão municipal
foram mais beneficiadas devido à proximidade das informações. "Eles
tiveram a preocupação de ler o PCC e estudar para fazer os cursos para
atingira a carga horária necessária para promoção", diz Carlos Amaral.
Erro de digitação
Carlos Amaral afirma que o PCC antes da publicação no Diário Oficial do Município exigia 180h de capacitação, no período de 2005 a 2008, para a promoção de cargo dos guarda municipais. No entanto, a portaria após a publicação exige a carga horária de 380h para a ascensão de cargo. "Pode ter acontecido um erro de digitação ou de informação", diz.
O diretor
afirma que o Sindiguardas reivindica alteração do período em que são
contabilizados os cursos, para o intervalo de 2005 até 2012. “Esse
ampliação aumentaria a quantidade de subinspetores e inspetores na
Guarda Municipal”, defende o diretor.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Administração (SAM) afirmou, por telefone, que somente irá emitir nota após a reunião entre o titular da SAM, Vaumik Ribeiro, e sindicatos representantes da categoria.
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