Diário do Comércio, 20 de fevereiro de 2013
O Homeland Security está distribuindo às escolas, igrejas, clubes e
outras instituições um vídeo em que ensina como reagir a um invasor
armado de pistola, rifle ou metralhadora. Receita número um: saia
correndo. Número dois: esconda-se debaixo da mesa. Número três: ataque o
sujeito com uma tesoura, um hidrante, um cortador de papéis, um
grampeador ou algum outro instrumento mortífero em estoque no
almoxarifado. E assim por diante . (Não é gozação minha. )
A hipótese de manter um guarda armado ou de permitir que funcionários
habilitados portem armas não é nem mesmo mencionada. É exorcizada. Há
lugares, é claro, onde o exorcismo não funciona: a comissão de
educadores da cidade de Newtown, aquela onde duas dezenas de crianças
morreram assassinadas por um atirador alucinado, já declarou que vai
seguir a sugestão da National Rifle Association e não as lições
sapientíssimas do Homeland Security.
Para sua própria proteção, é claro, o Homeland Security apela ao remédio
exatamente inverso daquele que recomenda aos outros. Alegando, vejam
só, "defesa pessoal", o departamento acaba de comprar sete mil fuzis
AR-15 – aquele mesmo que o governo quer tomar dos cidadãos – e dois
bilhões, sim, dois bilhões de balas hollow point, daquelas que espalham
estilhaços no corpo da vítima. Essa munição é proibida para uso militar
pela Convenção de Genebra, só podendo ser usada, portanto, contra a
população civil. O inferno não está cheio só de boas intenções.
O presidente tem boas razões para apostar todas as suas fichas no
Homeland Security, já que o pessoal das polícias estaduais não está nem
um pouco assanhado para desarmar os americanos e muito menos para atirar
neles.
Em vários Estados, as associações de xerifes já declararam que, se algum
agente federal aparecer por lá para tomar as armas dos cidadãos, vão
simplesmente prendê-lo.
Outro dia, o repórter Jason Mattera encostou na parede um dos mais
fanáticos desarmamentistas, o prefeito novaiorquino Bloomberg, ao
surpreendê-lo circulando pela cidade com cinco seguranças armados, mas
não conseguiu obter dele uma resposta à pergunta: "Por que diabos você
tem o direito de se proteger, e nós não?" Em vez de responder, o
prefeito mandou um dos seguranças seguir o repórter para assustá-lo.
São essas coisas, que constituem o arroz com feijão das conversações
populares na América hoje em dia, que a grande mídia americana tenta
esconder do seu público, ainda que não o consiga. Por que faz isso? É
simples: noventa por cento dos leitores e telespectadores estão nas mãos
de apenas seis empresas – GE, Newscorp, Disney, Viacom, Time-Warner e
CBS –, das quais somente uma, a Newscorp, não está totalmente a serviço
do esquema obamista, embora o esteja pela metade.
http://amigosdaguardacivil.blogspot.com.br/2013/03/armados-e-desarmados.html
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