Ponta Grossa precisa de um guarda municipal para cada mil habitantes. Com uma população de quase 320 mil, deficit é de 240 homens e o quadro atual precisa ser aumentado em 4 vezes
Ponta Grossa tem hoje 32 câmeras de vigilância e tem mais 72
aparelhos em processo de aquisição para o ano que vem, o que irá exigir
mais guardas
Na continuidade
da série PG em Debate, o Jornal da Manhã trata hoje dos desafios que o
próximo prefeito de Ponta Grossa terá que enfrentar na área da segurança
pública. Nesse setor, a principal ação a ser tomada é a contratação de
maior efetivo para a Guarda Municipal. Hoje, de um total de 145 guardas,
somente cerca de 80 estão em atividade, em virtude de afastamentos.
Porém, o ideal seria que houvesse em operação um guarda para cada mil
habitantes. Como Ponta Grossa tem 317 mil habitantes, o efetivo da
Guarda deve chegar próximo a esse número, o que leva o próximo
governante a ter que quadruplicar o quadro atual, contratando mais cerda
de 240 guardas.
Para o atual
coordenador da Guarda Municipal, Edimir de Paula, que está à frente do
trabalho na área da segurança pública há sete anos, o aumento do efetivo
é o principal entrave a ser solucionado. Ele ressalta que o atual
governo buscou contratar mais pessoal, mas que os baixos salários e as
condições de trabalho são um empecilho para a permanência dos guardas em
serviço. Edimir conta que do último concurso público realizado pela
Prefeitura, foram chamados 90 pessoas para preencher 30 vagas e que
destes apenas 24 ainda estão em serviço.
“É uma situação complicada porque existe a necessidade de contratar mais
guardas, mas os salários baixos, o regime atual que não favorece e
mesmo o turno fixo de trabalho, com jornadas fixas das 23 horas às 7
horas, acabam fazendo com que não permaneçam”, explica Edimir, emendando
que a Prefeitura gasta para formar os guardas, que depois vão embora
quando encontram um emprego melhor.
Conforme o coordenador da Guarda, a administração atual não teve
condições de implantar um novo plano de cargos e salários porque demanda
um alto investimento, e que o próximo prefeito terá que atuar para
conseguir superar essa carência.
Com mais homens, o trabalho da Guarda, que hoje se concentra nos prédios
públicos e no auxílio às demais forças policiais do Estado e da União,
poderia ser ampliado. Edimir conta que o Município carece de um
grupamento ecológico, de um grupamento de ronda escolar e de um
grupamento rural. Outro local que carece de mais guardas é a Central de
Monitoramento das câmeras de vigilância, que faz parte do Gabinete de
Gestão Integrada do Município, que engloba a ação conjunta entre a
Guarda Municipal e os órgãos estaduais e federais.
Ponta Grossa tem hoje 32 câmeras de vigilância e tem mais 72 aparelhos
em processo de aquisição, mas devem ficar para o ano que vem. O projeto
total é para 202 câmeras em todo o Município, o que representa a
necessidade de pelo menos 40 guardas para fazer o acompanhamento do
monitoramento. A assessoria do candidato Krystofer Bannach (PCB) não
enviou as propostas.
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