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quinta-feira, 7 de junho de 2012

PIRACICABA - GM e PM são acionadas para escoltar


Sindicato decidiu durante a tarde fazer paralisação total da frota na cidade.
Alguns motoristas, entretanto, optaram por trabalhar normalmente.

 

A Guarda Municipal e a Polícia Militar de Piracicaba (SP) começaram a fazer, a partir das 14h desta terça-feira (5), a escolta dos motoristas de ônibus que estão trabalhando, apesar da greve iniciada nesta madrugada. Durante a tarde, o sindicato decidiu pela paralisação total dos trabalhadores, mas alguns motoristas de três das cinco empresas circularam normalmente.
Segundo o secretário municipal de Trânsito e Transportes (Semuttran), Paulo Prates, a intenção da escolta  é garantir a segurança dos funcionários em meio à paralisação da categoria. A decisão dos trabalhadores de que todos os motoristas parassem de trabalhar a partir desta tarde contraria uma liminar do Tribunal Regional Eleitoral (TRT) de Campinas, que determinou que 70% da frota de ônibus estivessem nas ruas de Piracicaba nos horários de pico e que 50% dos veículos fossem disponibilizados aos passageiros nos demais horários.
“Eles decidiram parar e o sindicato respeitará a decisão deles”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano de Piracicaba e Região, João José Soares. A Associação das Empresas de Transporte Urbano de Piracicaba (Aetup) informou que orientou os trabalhadores para que seja cumprida a decisão judicial. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, entretanto, não se pode garantir que os motoristas cumprirão a determinação.
Guarda escolta ônibus durante greve em Piracicaba

Escolta da GM
Soares também disse que uma das empresas de transporte, a Piracema, requisitou proteção policial para manter os ônibus em operação. Segundo Soares, a companhia possui 250 motoristas e 95 veículos, mas não soube especificar se todos eles estavam funcionando.
Questionado se o movimento corre o risco de ser considerado ilegal por desrespeitar uma decisão judicial, o presidente do sindicato foi evasivo na resposta. “Vamos esperar o juiz decidir se a greve é ilegal ou não”, declarou o sindicalista.

Posição da Prefeitura

Segundo o secretário Paulo Prates, cerca de 130 ônibus funcionaram nesta terça-feira, reunindo funcionários de três das cinco empresas de transporte. Para ele, a situação deve melhorar na quarta-feira (6).

“Não sei dizer quantas linhas foram atendidas e nem outras informações estatísticas, pois dependo de um balanço de todos os ônibus. Isso só poderá ser divulgado amanhã”, afirmou Prates.

Ainda segundo o secretário, a proposta salarial, motivo que deflagrou a paralisação, foi muito boa em comparação a outras cidades. “São Paulo, Campinas e Sorocaba tiveram um aumento de 7% e Jundiaí de 6%. Nós oferecemos um reajuste superior”, pontuou.

Audiência de conciliação

O sindicato informou que haverá uma audiência de conciliação, entre a entidade e a Aetup, na tarde desta quarta-feira (6), em Campinas, para que os órgãos tentem um acordo.

População

O auxiliar de expedição Tiago Serafim de Campos, de 20 anos, trabalha na divisa de Piracicaba com Tietê e mora no bairro Mário Dedini. Normalmente, ele precisa de três ônibus para se deslocar entre os dois locais, porém ele não conseguiu completar o trajeto nesta terça-feira.

“Hoje contei com a boa vontade dos meus colegas, que me deram carona até o terminal, mas depois não sei como voltar pra casa”, desabafou Serafim. “É uma vergonha para a população. Meu patrão mandou eu me virar”, concluiu.

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